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Estudo avalia a importância do Freelite® Mx [no líquor] para diagnóstico da Esclerose Múltipla

Um estudo realizado com pacientes da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro avaliou a importância da utilização do Freelite® Mx para o diagnóstico da Esclerose Múltipla (EM). A análise também levou em consideração o teste de bandas oligoclonais (BOC), considerado padrão ouro no diagnóstico da doença, já que determina a síntese intratecal de IgG. Ambos foram processados a partir da mesma amostra de líquor, o líquido cefalorraquidiano (LCR).

Pioneiro no Brasil, o trabalho foi conduzido pela equipe do Dr. Carlos Otávio Brandão, médico responsável técnico do laboratório Neurolife. O interesse em realizar estudos clínicos e internalizar os testes na rotina para o diagnóstico da doença nasceu depois que diferentes grupos internacionais de pesquisa demonstraram níveis aumentados da cadeia leve livre kappa no líquor de pacientes com EM, entre os quais, vários com BOC negativo, e em pacientes com Síndrome Clinicamente Isolada ou CIS (do inglês, Clinically Isolated Syndrome), sugerindo que tais cadeias leves livres podem ser um marcador mais sensível da doença.

Os primeiros resultados do estudo brasileiro ratificam as constatações das pesquisas internacionais e foram publicados em um painel no BCTRIMS (Comitê Brasileiro de Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla e Doenças Neuroimunológicas), com o tema: Cadeia leve livre kappa em um grupo de pacientes com doença desmielinizante do sistema nervoso central, um biomarcador de gravidade?

O desafio do diagnóstico da Esclerose Múltipla

A EM é uma doença bastante heterogênea e de etiologia ainda desconhecida. Não existe um teste específico para o diagnóstico da Esclerose Múltipla. Sendo assim, os critérios de Mc Donald baseados em achados clínicos, de imagem e laboratoriais foram validados e atualizados ao longo dos anos para o diagnóstico precoce desta doença.

A principal patologia da EM reside nas anormalidades do sistema imunológico celular e humoral. Portanto, o líquor desempenha um papel importante na identificação da síntese intratecal de imunoglobulinas. 

Os últimos critérios de McDonald validaram a presença de bandas oligoclonais como biomarcador para o diagnóstico precoce de EM, determinando a síntese intratecal de IgG. 

As imunoglobulinas (Ig) são formadas por duas cadeias pesadas, que determinam sua classe (IgG, IgM, IgE, IgD e IgA) e por duas cadeias leves livres (kappa ou lambda). Os estudos têm demonstrado a importância do cálculo do índice kappa como melhor marcador quantitativo para o diagnóstico da doença.

Sendo assim, o Freelite® Mx deve ser utilizado em conjunto com os demais exames de rotina comumente utilizados em pacientes com suspeita de Esclerose Múltipla.

O estudo brasileiro

Vinte e cinco pacientes com doença desmielinizante foram avaliados considerando a ressonância magnética cerebral, a ressonância magnética cervical e o perfil de imunoglobulinas no LCR: bandas oligoclonais IgG e o índice de cadeias leves livres kappa. 

Segundo os pesquisadores, as cadeias leves livres kappa podem ser consideradas um marcador mais sensível da síntese de imunoglobulina intratecal em comparação com o BOC, já que, em geral, são mais elevadas no líquor de pacientes com EM.

Na amostragem realizada, o índice kappa estava elevado em 94,7% dos pacientes com EM remitente-recorrente. Entre os dois pacientes com BOC negativo, um apresentou o índice de cadeia leve livre kappa elevado. 

Para os pesquisadores, embora o número de pacientes seja pequeno, um índice kappa elevado em um paciente com EM com BOC negativo poderia explicar o crescente interesse por esse marcador. No grupo de pacientes diagnosticados com distúrbio do espectro óptico da neuromielite, 75% tiveram BOC negativo e 75% tiveram um índice de cadeia leve livre kappa elevado. 

A pergunta que desperta tanto interesse é: nos pacientes a serem diagnosticados, o índice de cadeia leve livre kappa poderia ser um marcador mais confiável da doença, sendo mais sensível para indicar uma resposta imune humoral mais precoce relacionada à atividade das células B no sistema nervoso central? 

A resposta será confirmada com o tempo no Brasil, já que o estudo ainda será ampliado. Mas a conclusão inicial dos pesquisadores é de que o índice kappa poderia ser um marcador mais sensível para o diagnóstico precoce da Esclerose Múltipla levando a uma intervenção precoce na progressão da doença.

Estudos internacionais

Um estudo recente, publicado no PubMed, apontou a importância do Freelite® Mx para pacientes com suspeita de EM. Segundo a pesquisa, 25% dos pacientes, cujo exame de BOC deu negativo, foram diagnosticados com a doença por meio do Freelite® Mx.

Ou seja, esse exame é um potencial auxílio no diagnóstico da Esclerose Múltipla. O Freelite® Mx é um teste tão sensível que consegue detectar exatamente as baixas concentrações dessas porções livres dos anticorpos [as cadeias leves livres] indicando a alteração no resultado.

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