Uma das principais lutas da Binding Site Brasil é incluir o exame de cadeias leves livres – o Freelite® – na cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2022, voltaremos a travar essa batalha com ainda mais empenho, de forma que toda população brasileira tenha acesso a um diagnóstico mais preciso para o mieloma múltiplo.

Desde 2018, o Freelite® já integra o ROL da Agência Nacional de Saúde (ANS) e é disponibilizado via planos de saúde. Tanto para o sistema público, quanto ao privado, a documentação para incorporação é praticamente a mesma e já foi toda preparada na ocasião. Ainda assim, o ingresso no SUS não foi autorizado.

Sabemos que há outros exames tradicionalmente já usados pelo SUS no auxílio ao diagnóstico e monitoramento do mieloma múltiplo, como a eletroforese e a imunofixação. No entanto, o exame Freelite® é fundamental para aumentar a qualidade do diagnóstico de novos pacientes com Mieloma Múltiplo e, evidentemente, oferecer novas condições de monitoramento para aqueles já submetidos ao tratamento. Somente assim, a população brasileira terá as ferramentas diagnósticas preconizadas pelas diretrizes médicas. 

Retomada

Por isso, em 2022, vamos retomar todo o processo.

Assim, toda documentação será revisada e atualizada. Estamos em processo de contratação de uma assessoria de acesso ao mercado que irá nos ajudar na reelaboração do dossiê a ser apresentado à CONITEC (SUS).

Para este novo documento, iremos atualizar os dados técnicos, científicos e bibliográficos sobre o Freelite®. Serão adicionados, por exemplo, novos estudos feitos com o produto, artigos de publicações importantes, entre outros detalhes que mais do que comprovam a eficácia do teste. Afinal, nosso produto já foi assunto de pelo menos 3,5 mil artigos científicos em todo mundo.

A qualidade do Freelite®, aliás, nunca foi questionada; o gargalo é o valor a ser pago pelo SUS. Dessa maneira, vamos também elaborar um novo estudo fármaco-econômico, mostrando que o exame é, sim, mais caro – porém, detém várias vantagens em relação aos testes mais tradicionais. E tais benefícios também geram economia em médio e longo prazo, quando se avalia toda a jornada do paciente. 

Vantagens

Nenhum outro teste do mercado oferece a quantificação de imunoglobulinas de cadeias leves livres de maneira tão precisa e específica quanto o Freelite®. Além disso, a metodologia é muito mais simples, fácil e rápida. Por meio de uma única coleta de sangue já é possível se fazer a análise quantitativa.

A eletroforese, por exemplo, detecta picos de alteração das imunoglobulinas e outras proteínas, mas não discrimina quais foram as cadeias que aumentaram. A imunofixação, por sua vez, consegue fazer essa diferenciação, porém não mostra a quantidade dessas cadeias. E para isso, existem outros testes, como o Freelite®, que em uma única análise, fornece a concentração  para as cadeias leves livres kappa e lambda, individualizada.

Outro ponto: é comum que a eletroforese não apresente nenhum pico de imunoglobulina e a imunofixação não detecte qual cadeia proteica está envolvida dependendo da fase na qual o paciente se encontra, já que a meia-vida das mesmas deve ser levada em consideração. As cadeias leves livres têm meia vida muito curta, de duas a seis horas, possibilitando quantificação rápida pelo soro, utilizando o exame Freelite®.

A falta do Freelite pode retardar o início do tratamento – tudo que um paciente de mieloma múltiplo não precisa. O atraso no diagnóstico pode acarretar ainda em internação, casos graves de insuficiência renal etc., sobrecarregando financeiramente todo sistema em médio e longo prazo.

Expectativa

Estamos otimistas quanto à adoção do Freelite® no SUS.

Além das qualidades indiscutíveis do nosso produto, tanto para a saúde do paciente, quanto para as finanças governamentais, notamos maior abertura dos órgãos públicos com relação à oferta de melhores tratamentos para pacientes com mieloma múltiplo.

Em junho do ano passado, a Anvisa aprovou o uso de novas combinações de medicamentos para esse tipo de câncer, em especial para pacientes que já receberam pelo menos um tratamento prévio.

Para travar essa luta pelo diagnóstico e tratamento precoces, toda rede envolvida com o mieloma múltiplo deve se unir: fabricantes, laboratórios, associações médicas e de pacientes, a classe política e a sociedade civil. Vamos juntos?

Contato

Produzimos vários artigos que explicam melhor como funcionam nossos testes e o mieloma múltiplo. Acesse todo conteúdo de nosso blog e dissemine o conhecimento. Além disso, fique à vontade e entre em contato conosco.