No momento, você está visualizando Sintomas silenciosos da Esclerose Múltipla: o que o corpo diz antes do diagnóstico

Sintomas silenciosos da Esclerose Múltipla: o que o corpo diz antes do diagnóstico

  • Categoria do post:Sem categoria

No início, a Esclerose Múltipla é uma doença silenciosa, que apenas “sussurra” os sintomas, em boa parte das vezes. Além disso, outra característica desses sinais é que muitos deles são semelhantes aos de outras doenças – fazendo com que o diagnóstico se torne um grande desafio.

Neste artigo, além de listar uma série de sintomas sutis da Esclerose Múltipla aos quais é preciso ficar atento, vamos apresentar um quadro geral da doença, ressaltando a importância crucial do diagnóstico precoce, que oferece mais qualidade de vida ao paciente.

O que é a Esclerose Múltipla

Trata-se de uma doença inflamatória, crônica e autoimune que atinge o Sistema Nervoso Central, danificando a chamada bainha de mielina – substância que reveste os neurônios e permite a condução eficiente dos impulsos elétricos no cérebro e na medula espinhal.

Por isso, ela é chamada de doença desmielinizante, comprometendo esporadicamente as funções neurais em episódios conhecidos como “surtos”.

Estima-se que ela afeta cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo, 40 mil delas no Brasil – uma prevalência de 15 a 18 casos a cada 100 mil habitantes.

No início, a doença pode se caracterizar por intervalos grandes entre os primeiros sintomas e o diagnóstico específico. Isso ocorre porque os sinais iniciais são inespecíficos, variáveis e, em muitos casos, intermitentes.

O paciente muitas vezes pode sentir o mal-estar, mas os exames de imagem nem sempre mostram de imediato o que está acontecendo.

Dessa maneira, é preciso ficar atento a pequenos sinais que podem indicar Esclerose Múltipla.

Pequenos sinais da doença

. Fadiga intensa e persistente: sensação profunda de exaustão, que não melhora com o descanso. Pode ser um dos primeiros sinais da doença, ainda que frequentemente subestimado.

. Formigamentos e dormência: dormência e perda de sensibilidade nos membros, no rosto ou no tronco, com sensações de “agulhadas”.

. Alterações visuais: visão embaçada, perda parcial da visão, dor ocular ou sensibilidade à luz. Tudo isso podem ser sinais de neurite óptica, inflamação do nervo óptico, uma das manifestações iniciais mais comuns na Esclerose Múltipla.

. Distúrbios cognitivos sutis: dificuldade de concentração, lapsos de memória e lentidão no processamento de informações podem ser muitas vezes atribuídos ao stress. No entanto, em um contexto neurológico, podem ser indicadores de alterações cerebrais precoces.

. Tontura e desequilíbrio: sensação de vertigem ou instabilidade ao andar, sem causa aparente. Pode indicar origem neurológica.

Diagnóstico precoce: um desafio

Todas essas variáveis sintomáticas podem fazer com que o diagnóstico da doença só venha a ser atingido depois de algum tempo.

Além disso, o diagnóstico de Esclerose Múltipla requer ainda uma somatória de exames laboratoriais. Além da ressonância magnética e do teste de bandas oligoclonais, a pesquisa de biomarcadores imunológicos está cada vez mais integrada à prática clínica.

O Freelite Mx™

O teste para quantificação de cadeias leves livres no líquor – o Freelite Mx™ da Binding Site – especialmente a cadeia leve livre kappa, tem se mostrado uma ferramenta importante no apoio diagnóstico da Esclerose Múltipla, auxiliando a identificar processos inflamatórios no Sistema Nervoso Central mesmo em estágios iniciais.

Estudos feitos em diferentes partes do mundo demonstraram que os portadores da doença apresentam um aumento de 60 vezes na quantidade de cadeias leves livres kappa no líquor.1

A alta sensibilidade do teste faz também com que seja possível detectar a mínima alteração nas cadeias leves livres – evitando-se assim o quadro de falso negativo, às vezes comum quando somente as bandas oligoclonais são solicitadas.

Além disso, o Freelite Mx™ pode ser utilizado no auxílio diagnóstico e diferenciação de outras patologias do sistema nervoso central, como a síndrome clínica isolada, a meningite, encefalite, síndrome de Guillain-Barré, neuroborreliose, polineuropatia, entre outras.

Tratamento

O paciente com Esclerose Múltipla terá de ser acompanhado até o fim da vida. De um modo geral, o tratamento atua em duas frentes: abreviar a fase aguda da doença e aumentar o intervalo entre os episódios de surto.

São utilizados corticosteróides para reduzir a intensidade da doença e imunossupressores e imunomoduladores para o espaçamento dos surtos.

A prática de atividade física também é altamente recomendada para os portadores da Esclerose Múltipla, por melhorar a força muscular, o equilíbrio, a capacidade aeróbica, a mobilidade e reduzir a fadiga.

Escutar o corpo, interpretar os sinais

A Esclerose Múltipla é uma doença de múltiplas faces, e muitas delas são silenciosas. O corpo fala — ainda que em sussurros — e a escuta sensível dos profissionais de saúde, aliada ao avanço das ferramentas laboratoriais, pode transformar trajetórias.

Quanto mais cedo a EM for reconhecida, mais chances o paciente terá de preservar sua autonomia, adaptar seu estilo de vida e receber o tratamento adequado.

Na Binding Site, seguimos comprometidos com o avanço de soluções laboratoriais de alta qualidade. Nosso trabalho é amplificar o que o corpo sussurra — para que ninguém precise gritar por cuidado.

Contato

Saiba mais sobre as soluções da Binding Site para a Esclerose Múltipla, entre em contato.

Referências

  1. Presslauer  J Neurol 2008; 255:1508-14