Este é o primeiro de uma série de artigos que listará as principais palavras-chave para aprofundarmos o conhecimento sobre o Mieloma Múltiplo.
O objetivo desta iniciativa é prestar auxílio para que a ida ao médico e o diagnóstico sejam os mais precoces possíveis. Quanto antes isso for feito, mais chances de recuperação e qualidade de vida são oferecidas ao paciente.
Além disso, quanto mais se falar no assunto, mais pessoas estarão atentas aos sintomas deste tipo de câncer.
Todas as palavras-chave têm como base conteúdos da International Myeloma Foundation (IMF). Boa leitura!
. Anemia
. Biomarcadores de malignidade
. Cadeias leves livres no soro
. Contato
Anemia
Entre 60 e 70% dos pacientes com Mieloma Múltiplo apresentam anemia no momento do diagnóstico.
As células do Mieloma interferem nas atividades normais da medula óssea, incluindo a produção de glóbulos vermelhos, muitas vezes levando a uma diminuição dos mesmos até a anemia.
A hemoglobina das hemácias transporta oxigênio dos pulmões para órgãos e tecidos de todo o corpo. Quando o corpo não receber oxigênio suficiente, manifesta cansaço, falta de ar, apatia etc.
A anemia é frequentemente o primeiro sintoma do Mieloma Múltiplo.
Biomarcadores de malignidade
Até 2014, os pacientes não eram diagnosticados com Mieloma, a menos que apresentassem um ou mais critérios CRAB (hipercalcemia, insuficiência renal, anemia, lesões ósseas).
A partir de então, o International Myeloma Working Group (IMWG) publicou novos critérios diagnósticos, onde foram estudados e com uso comprovado, os biomarcadores de malignidade. Estes biomarcadores podem prever que um ou mais dos critérios CRAB podem se manifestar entre 18 meses a 2 anos em pacientes assintomáticos, mas com “risco muito elevado de Mieloma”.
Entre esses biomarcadores de malignidade, estão: ≥ 60% de células plasmáticas na medula óssea; proporção de cadeia leve livre (por Freelite®) ≥ 100; e/ou > 1 lesão focal por ressonância magnética.
Cadeias leves livres no soro
Uma característica comum do Mieloma Múltiplo e em outras gamopatias monoclonais também é a produção exacerbadas de proteínas monoclonais, as imunoglobulinas.
Essa proteína monoclonal pode ser uma imunoglobulina intacta (IgG, IgA, IgM, IgD ou, muito raramente, IgE) ou uma cadeia leve livre (CLL) Kappa (κ) ou Lambda (λ).
As CLLs frequentemente acompanham Ig monoclonal intacta ou podem ser encontradas isoladamente nos chamados Mielomas Múltiplos de Cadeias Leves (MMCL).
O ensaio para quantificação de CLL (Freelite®) permite a detecção e quantificação de cadeias leves livres no soro de pacientes com suspeita de Mieloma Múltiplo (e isso ajuda no seu diagnóstico) ou no monitoramento da terapia para esse tipo de câncer.
Por isso, diretrizes internacionais como as do IMWG recomendam o uso do Freelite® para o diagnóstico de Gamopatia Monoclonal juntamente com eletroforese de proteínas séricas.
Além disso, o exame também é recomendado durante o acompanhamento do paciente em terapia e na avaliação da profundidade da resposta, proporcionando também valor prognóstico da evolução.
O Freelite® é um teste laboratorial simples, rápido e muito sensível, realizado numa amostra de soro, capaz de fornecer resultados muito importantes ao médico e ao paciente.
Diagnóstico
Os testes de diagnóstico para Mieloma Múltiplo incluem uma variedade de exames de sangue, exames de urina e exames de medula óssea.
É muito importante realizar todos os testes apropriados, pois os resultados ajudarão seu médico a determinar melhor as opções de tratamento e o prognóstico.
Muitos desses testes também são usados para avaliar a extensão da doença e para planejar e monitorar o tratamento.
Os critérios diagnósticos para Mieloma Múltiplo baseiam-se nos resultados de testes diagnósticos realizados em amostras de sangue, urina, ossos e medula óssea.
Na medula óssea, será avaliada a porcentagem de células plasmáticas, bem como a presença de danos nos órgãos, que podem ser atribuíveis ao Mieloma (seguindo os critérios CRAB: C: aumento do cálcio sérico; R: Insuficiência renal; A: Anemia; B: lesões ósseas).
Caso o paciente não apresente sintomas, serão avaliados os biomarcadores de malignidade, entre os quais está a razão entre as cadeias leves livres envolvidas e não envolvidas quando ela for maior ou igual a 100.
Existem diversos estudos que fornecem muitas informações no diagnóstico, mas é importante destacar que o IMWG sugere uma combinação de testes para realizar uma triagem inicial, que consiste em: Eletroforese de proteínas séricas + Cadeias leves livres séricas + Imunofixação sérica.
Esses testes ajudarão a orientar o diagnóstico definitivo com alta sensibilidade.
Contato
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