Muito se tem pesquisado ultimamente sobre o Mieloma Múltiplo (MM), um câncer dos plasmócitos na medula óssea. Médicos e pesquisadores estudam constantemente a doença. Enquanto isso, pacientes e seus familiares buscam informações na internet para entender melhor o que se passa com o organismo da pessoa acometida pelo MM.
Entender o que são cadeias leves livres pode ajudar na compreensão do processo de desenvolvimento do Mieloma Múltiplo e no melhor caminho para um diagnóstico rápido e eficaz.
No MM, um plasmócito em particular (um clone) é duplicado em um número muito grande de vezes, causando produção excessiva de um tipo de imunoglobulina, chamada de proteína monoclonal ou proteína M.
A identificação da proteína M é importante para o diagnóstico da doença. E a medição de seu nível ajuda no monitoramento da eficácia do tratamento e na identificação de uma recidiva.
Do ponto de vista estrutural, imunoglobulinas normais, abreviadas como “Ig”, são compostas de unidades chamadas de cadeias pesadas e cadeias leves que, juntas, formam um grande complexo.
Elas são compostas por cinco tipos – (também chamados isotipos) – de cadeias pesadas, e cada subtipo é alocado com uma letra específica. Esses cinco tipos são chamados de IgG, IgA, IgD, IgE e IgM.
Tipos de cadeias leves
Existem dois tipos de cadeias leves. Eles são denominados como kappa ou k e lambda ou λ. Cada plasmócito produz apenas um tipo de cadeia pesada e um tipo de cadeia leve.
A cadeia pesada e a cadeia leve são produzidas separadamente dentro dos plasmócitos e são montadas para formar uma imunoglobulina completa (“intacta”). Quando as cadeias leves são conectadas às cadeias pesadas, passam a ser referidas como “cadeias leves ligadas”.
No entanto, quando as cadeias leves não estão conectadas às cadeias pesadas, elas são chamadas de “cadeias leves livres”.
Por motivos desconhecidos, os plasmócitos produzem tipicamente mais cadeias leves do que são necessárias para criar imunoglobulinas completas ou proteínas monoclonais. O excesso de cadeias leves entra na corrente sanguínea como cadeias leves livres, ou seja, não conectadas às cadeias pesadas.
Portanto, em pessoas com Mieloma e transtornos relacionados, como a Gamopatia Monoclonal de Significância Indeterminada (GMSI), a Amiloidose, o excesso de cadeias leves entra na corrente sanguínea como cadeias leves livres.
Para pacientes com MM, a quantidade produzida de cadeia leve livre está associada à atividade do crescimento de células do mieloma: quanto mais células de mieloma, maior a produção de proteína monoclonal.
Diagnóstico
As proteínas monoclonais podem ser detectadas e medidas no sangue e/ou urina. O Freelite® é um teste que quantifica o nível de cadeias leves livres no sangue, e por conta da meia vida curta das mesmas (2 a 6 horas) e do processo de reabsorção do metabolismo renal, temos rapidez no diagnóstico.
Parte da função normal dos rins é prevenir a perda de pequenas proteínas (como as cadeias leves livres) do organismo na urina. Como resultado desse processo, as alterações nos níveis dessas cadeias leves livres, podem ser detectadas no sangue precocemente.
O teste Freelite® é capaz de detectar as cadeias leves livres em seus níveis normais (não elevados) no sangue. Pode detectar, ainda, essas cadeias leves livres em quantidades mais baixas do que a concentração normal em indivíduos saudáveis.
Quando medições são feitas no sangue, todas as células são removidas da amostra de sangue, deixando apenas o componente líquido amarelo do sangue, chamado de “soro”.
Os estudos com amostras de urina e outros exames também têm sua importância para os pacientes com gamopatias monoclonais, e devem ser solicitados pelos clínicos responsáveis.
O destaque para o Freelite®, contudo, ocorre por sua eficácia na detecção de cadeias leves livres. Outra vantagem é que o teste Freelite® é realizado de maneira automática e, portanto, requer menos tempo para ser realizado no laboratório.
Para saber mais detalhes sobre o teste Freelite®, entre em contato conosco.
Fonte: Entendendo Testes Freelite® e Hevylite®, uma publicação da International Myeloma Foundation Latin America.