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Entrevista: Elyara Soares, diretora científica da Binding Site Brasil, conta detalhes sobre viagem à Islândia

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A diretora científica da Binding Site Brasil, Elyara Soares, esteve entre os dias 23 e 27 de maio em Reykjavik, capital da Islândia, onde participou ao lado de outros 50 pesquisadores do primeiro encontro do tipo promovido pela empresa depois das restrições da pandemia.

Na entrevista a seguir, ela destaca a importância de rever presencialmente os colegas, quais as novidades sobre estudos como o iStopMM e de que maneira o encontro pode ajudar a promoção da Binding Site no Brasil. Confira.

Qual foi o ponto principal da viagem à Islândia?

Reencontrar os colegas de trabalho que eu não via pessoalmente há muitos anos. Antes do início da pandemia, fazíamos encontros regulares com toda a equipe, nem que fosse uma vez por ano – em congressos e reuniões científicas internas.

Além disso, foi interessante ver de perto algumas peculiaridades de Reykjavik, capital e maior cidade da Islândia. Ela abriga os museus National e Saga, que traçam a história viking do país. Existem ainda locais que oferecem vistas deslumbrantes do mar e das colinas próximas: o país é envolto por pontos de atividade vulcânica.

A estrutura e cultura do povo são totalmente diferentes das nossas, características interessantes para quem gosta de interação e de boas histórias!

O que foi apresentado no encontro?

O evento foi dedicado aos consultores médico-científicos da Binding Site, com presença de representantes de cada país atendido pela empresa. São eles os responsáveis pela interação direta, troca de informações e discussões científicas com os líderes de opinião da área de hematologia, oncologia e imunologia que trabalham com Mieloma Múltiplo e outras Gamopatias Monoclonais, Imunodeficiências e Doenças do Sistema Nervoso Central.

Nesse encontro específico, discutimos bastante sobre o estudo iStopMM (triagem, tratamento e prevenção do Mieloma Múltiplo), feito em parceria com a Universidade da Islândia. O iStopMM faz desde 2016 a triagem para Gamopatia Monoclonal de Significado Indeterminado (MGUS) de todos os adultos islandeses acima de 40 anos, utilizando para isso o Freelite® e outros exames do painel diagnóstico para as Gamopatias Monoclonais.

A reunião contou com representantes da área de pesquisa e desenvolvimento e também do marketing científico da Binding Site. Estavam presentes ainda o nosso CEO, Stefan Wolf; o diretor comercial, Bryan Hoenig; e o diretor-científico da Binding Site, Dr. Stephen Harding. No total, éramos 50 participantes.

Representantes e líderes do estudo também estiveram presentes, como o Dr. Sigurdur Kristinsson, hematologista e coordenador-geral do projeto iStopMM; e o Dr. Brian Durie, um dos mais renomados hematologistas do mundo, membro do International Myeloma Foundation (IMF) e do International Myeloma Working Group (IMWG).

Assim, a intenção foi justamente promover a interação desse grupo, ouvir e discutir ideias e conhecer as estratégias que estão sendo realizadas em cada país. Além disso, por meio da ciência, conseguimos trazer algumas novidades desse grande estudo científico que estamos realizando na Islândia.

Qual a importância de um evento desse porte para a Binding Site? 

A Binding Site é uma indústria diagnóstica especializada em proteínas plasmáticas especiais, nascida dentro da Universidade de Birmingham, na Inglaterra. Assim, temos uma base muito sólida com a ciência.

Por isso, é de grande importância realizar encontros e discussões constantes com a academia e outras instituições que trabalham com pesquisa. Nosso “DNA” é puramente científico, o que auxilia a movimentar todo o negócio.

Os estudos não param e, com isso, podemos mostrar sempre a utilidade clínica dos produtos na prática diária, fornecendo informações precisas, seguras e que auxiliarão no diagnóstico precoce, no monitoramento preciso – a fim de proporcionar melhor qualidade de vida aos pacientes das Gamopatias Monoclonais, Imunodeficiências e Doenças do Sistema Nervoso Central.

Este foi o primeiro encontro de vocês depois da fase mais crítica da pandemia?

Sim, foi nosso primeiro encontro presencial após a pior fase da pandemia; antes, as reuniões ocorriam com regularidade.

Normalmente, temos uma agenda com os principais tópicos a serem discutidos. As trocas de ideias e informações vão depender do momento, da necessidade, mas essas experiências com colegas de diferentes países são sempre muito ricas. Em geral, discutimos o andamento dos estudos clínicos e procuramos alinhar as estratégias para que os pacientes tenham acesso aos produtos de maneira fácil, rápida e ampla.

Também discutimos os resultados e como podemos aplicá-los ou replicá-los em cada local, de acordo com as regras e exigências de cada país com relação a estudos e veiculação de informações para a educação médica e laboratorial.

Qual experiência da viagem pode ser aplicada no Brasil?

Toda troca de informação é muito válida! No momento, aqui no Brasil, trabalhamos intensamente para que cada vez mais a população tenha acesso ao Freelite® – e sem custo, em se tratando do mercado público, via Sistema Único de Saúde (SUS).

Os planos de saúde já disponibilizam o reembolso para o teste desde 2018. Além disso, trabalhamos para disseminar as informações sobre as doenças e de como o Freelite® pode auxiliar nos diagnósticos, quando os pacientes são atendidos por outras especialidades médicas.

Os sintomas e causas do Mieloma Múltiplo, por exemplo, são inespecíficos e compreendem anemia, dores ósseas, insuficiência renal, infecções recorrentes, hipercalcemia, perda de peso, entre outros.

Assim, até que o paciente seja adequadamente diagnosticado e encaminhado ao hematologista, pode-se levar um tempo, pois normalmente os clínicos gerais atendem essas pessoas.

Ortopedistas e nefrologistas também são áreas em que intensificaremos nosso trabalho de educação médico-científica, de forma que quando haja suspeita de Mieloma Múltiplo ou outra gamopatia, o paciente possa ter acesso ao Freelite® e a outros exames do painel tradicional – e encaminhado ao especialista o mais rápido possível.

Com isso, o tratamento e o monitoramento têm início o quanto antes, evitando-se complicações e gastos desnecessários no futuro.

Quais novidades podem ser reveladas sobre o estudo iStopMM?

Nesse momento, já existem dados iniciais publicados na literatura. Novos resultados estão sendo analisados e processados para também serem disponibilizados em um futuro próximo.

Assim, logo poderemos ter acesso e compartilhar essas informações com os líderes de opinião da área e pacientes. O que já sabemos é aquilo que sempre buscamos para educar e alertar a comunidade: ficar sempre atento aos sinais e sintomas para que o diagnóstico seja feito o quanto antes.

Os resultados iniciais do iStopMM, que está efetuando a triagem da população adulta da Islândia para Gamopatia Monoclonal de Significado Indeterminado, reforçaram a importância da realização regular de exames de acompanhamento para que essa e outras doenças possam ser identificadas e controladas antes de evoluírem para o Mieloma Múltiplo, por exemplo.

Teremos mais dados para compartilhar em breve. O processamento leva um tempo considerável, já que são quase 80 mil amostras em estudo. A população da Islândia foi muito solícita e não hesitou momento algum em contribuir com essa ação fantástica.

Sobre os rumos da Binding Site, quais informações podem ser divulgadas?

A Binding Site está sempre na vanguarda tecnológica. Novos produtos e tecnologias estão sendo desenvolvidos para que possamos contribuir ainda mais com o mercado de diagnóstico, com soluções ainda mais completas para as três grandes áreas com as quais mais trabalhamos: Gamopatias Monoclonais, Imunodeficiências e Doenças do Sistema Nervoso Central.

Há algo mais que você queira destacar?

Quero ressaltar a importância enorme da ciência para a sociedade – o que deveria ser inquestionável.

Por dois anos, vivemos o grave advento da Covid-19, contra a qual pesquisadores de todo mundo desempenharam um papel fundamental no desenvolvimento das vacinas, para que pudéssemos retomar as nossas atividades de trabalho, lazer etc. de forma presencial.

Claro, o vírus continua entre nós, seguimos com todas as cautelas necessárias, mas o que quero enfatizar é que a ciência é a base de tudo. É ela que possibilita avanços nos campos da saúde, da alimentação, do meio ambiente, da tecnologia, da energia e muitos outros – melhorando a qualidade de vida das populações e enriquecendo as sociedades intelectual e culturalmente.

Dessa maneira, é o papel que a Binding Site desenvolve junto à ciência que nos move diariamente. Nossa missão é muito clara: auxiliar na melhoria da qualidade de vida dos pacientes. E, para isso, trabalhar com um produto que auxilia no diagnóstico e no monitoramento de diversas doenças, possibilitando antecipar tratamentos e evitando complicações futuras. Isso é muito gratificante.

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