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Lúpus: saiba os detalhes desta doença inflamatória autoimune

O lúpus, em especial o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), é uma doença inflamatória crônica na qual os anticorpos produzidos pelo sistema imunológico (autoanticorpos) passam a atacar órgãos e tecidos saudáveis do próprio corpo – inclusive estruturas importantes como as articulações, e órgãos como  os rins, a pele, os pulmões, o cérebro e o coração.

Ele pode ocorrer de maneira rápida ou lenta e progressiva, variando com fases de atividade e de remissão. Trata-se de uma doença ainda sem cura e que, em casos graves, pode matar. No entanto, há tratamento e controle a ponto de os sintomas desaparecerem.

Por ser uma patologia na qual o organismo sofre ataques do próprio sistema imunológico, o lúpus é classificado como uma doença autoimune, sendo dentro dessa categoria uma das mais conhecidas e importantes. Por isso, o lúpus também é considerado um dos  Erros Inatos da Imunidade (EII).

Estima-se que 5 milhões de pessoas no mundo tenham a doença, 65 mil delas no Brasil.

As informações a seguir têm como fonte material da Binding Site e o Ministério da Saúde.

Causas do lúpus

As causas dos mais de 80 tipos de doenças autoimunes ainda são desconhecidas.

A teoria mais aceita é que todas elas, inclusive o lúpus, têm como origem uma combinação de fatores internos e externos.

. Erros Inatos da Imunidade (EII): o lúpus e outras doenças autoimunes estão classificadas neste grupo, pois há estudos suficientes que comprovam a relação entre transtornos genéticos de nascença e o desencadeamento dessas patologias.

. Infecções: em algumas pessoas, ter uma infecção pode iniciar ou provocar recaída em um quadro de lúpus.

. Luz solar: o excesso de luz do sol, principalmente em horários com alta carga de raios ultravioleta, pode iniciar ou agravar uma inflação já existente, desencadeando o lúpus.

. Alguns medicamentos: estudos comprovam que alguns antibióticos, determinados medicamentos para o controle de convulsões e alguns remédios para pressão alta podem ter relação com a doença.

. Estresse emocional: Períodos prolongados de estresse alteram todo organismo, facilitando o aparecimento de inflamações que podem, somadas a outros fatores, desencadear o lúpus.

Tipos da doença

Há quatro tipos de lúpus.

. Lúpus Eritematoso Sistêmico: responsável por cerca de 70% dos casos. A inflamação ocorre em todo o organismo, comprometendo órgãos como a pele, os rins, coração, pulmões, além do sangue e das articulações.

. Lúpus Discóide: fica restrito à pele da pessoa, aparecendo como lesões avermelhadas principalmente no rosto, nuca e/ou couro cabeludo.

. Lúpus induzido por drogas: tem sintomas parecidos com o do lúpus sistêmico, porém causados pelo uso de algum tipo de medicamento. Em geral, a patologia desaparece assim que a ingestão da droga chegar ao fim.

. Lúpus neonatal: tipo bastante raro que afeta recém-nascidos de mulheres com lúpus. O bebê apresenta erupções na pele, problemas no fígado e baixa contagem de células sanguíneas. Os problemas tendem a desaparecer naturalmente depois de alguns meses.

Diagnóstico do lúpus

Trata-se de um diagnóstico difícil, uma vez que os sintomas variam de pessoa para pessoa, mudam com o passar do tempo – e são constantemente confundidos com os de outras doenças.

Por isso, é preciso um conjunto de exames para se fechar o diagnóstico, tais como:

. Erupção em forma de borboleta nas bochechas e no nariz é um sinal indicativo de lúpus.

. Concentrações baixas de complemento C3 + C4 podem sugerir que o lúpus está ativo.

. Testes de urina podem determinar se há algum problema com os rins, oriundo de infecção.

. Exames de anticorpos, incluindo o teste de anticorpos antinucleares (FAN)– aqueles presentes em número mais alto nas doenças autoimunes.

. Hemograma completo.

. Radiografia do tórax para identificar possíveis lesões no coração e nos pulmões.

Incidência

A incidência do lúpus é mais corriqueira em alguns grupos.

. É mais comum em mulheres do que em homens na proporção de 9 para 1. Ou seja, a cada 9 mulheres com a patologia, há um único homem com lúpus.

. A maior parte do diagnóstico acontece entre os 15 e 45 anos.

. O lúpus é mais comum em mulheres em idade fértil.

. A patologia é mais comum em pessoas afro-americanas, hispânicas e asiáticas.

. A incidência do lúpus chega a ser quatro vezes maior em mulheres negras do que em mulheres brancas.

. Leva em média seis anos para que uma pessoa seja diagnosticada com lúpus.

. 1 em cada 3 pacientes com lúpus sofre de múltiplas doenças autoimunes.

Tratamento

O lúpus ainda não tem cura. No entanto, é controlável a ponto de os sintomas desaparecerem em boa parte dos pacientes.

Os medicamentos utilizados no tratamento variam de caso a caso, mas são compostos por anti-inflamatórios, hidroxicloroquina (para combater a fadiga, os problemas na pele e as dores nas articulações), além de comprimidos ou injeções de esteroides.

Binding Site

Sediada em Birmingham, na Inglaterra, a Binding Site oferece a solução completa para o diagnóstico e monitoramento de doenças relacionadas a proteínas especiais.

Dentre seus exames mais conhecidos, estão o Freelite® e o Hevylite®, necessários para o diagnóstico precoce e preciso, e também no monitoramento do Mieloma Múltiplo e outras gamopatias monoclonais. 

Para auxiliar o acompanhamento dos Erros Inatos da Imunidade (EII), a Binding Site possui o painel para os exames do complemento, que incluem o C1 inativador, o C3c, o C4 e o CH50®.

Todos os nossos testes são realizados na plataforma Optilite®, turbidímetro de última geração.

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