Os biomarcadores têm sido cada vez mais utilizados e recomendados como ferramenta de diagnóstico e monitoramento da Esclerose Múltipla.
Tecnologias como a análise de Cadeias Leves Livres Kappa no líquor tem ampliado as possibilidades de detecção precoce da doença – fundamental para oferecer mais segurança aos neurologistas e qualidade de vida aos pacientes.
O que é a Esclerose Múltipla
Trata-se de uma doença autoimune crônica, que afeta o sistema nervoso central, mais especificamente causando inflamação e desmielinização das fibras nervosas (os axônios).
Essas lesões podem provocar sintomas variados, como fadiga, alterações visuais, dificuldades motoras e cognitivas. Por isso, o diagnóstico não é simples¹.
Não há um único exame capaz de detectar por si só a Esclerose Múltipla. É preciso que o neurologista faça uma anamnese detalhada, além de um diagnóstico diferencial de outras condições.
Também é necessário um conjunto de exames complementares, especialmente a ressonância magnética – e a análise do líquor. É aqui que entram em cena os biomarcadores.
Os biomarcadores na Esclerose Múltipla
Eles são indicadores biológicos mensuráveis, que refletem processos fisiológicos ou patológicos do organismo. No caso da Esclerose Múltipla, eles são capazes de indicar se há inflamação ativa, dano neural e se o tratamento está funcionando.
São três os utilizados no diagnóstico e monitoramento da EM:
- Biomarcadores de imagem: o exame de ressonância magnética é capaz de mostrar se há atividade inflamatória ou progressão da doença.
- Biomarcadores do líquido cefalorraquidiano (LCR): aqui, o exame mais comum é o de bandas oligoclonais, que detectam a imunoglobulina G (IgG), presente em mais de 90% dos pacientes com a doença. Além dele, há o teste de Cadeias Leves Livres Kappa – que registram aumento de até 60 vezes em pessoas com Esclerose Múltipla².
- Biomarcadores séricos: usado no monitoramento da doença e capaz de mensurar se a inflamação dos neurônios persiste ao tratamento¹,³.
Bandas oligoclonais x Cadeias Leves Livres Kappa
Tradicionalmente, o exame de bandas oligoclonais (OCB) ainda é o mais utilizado para o diagnóstico da doença.
No entanto, ele possui uma limitação: trata-se de um teste qualitativo (positivo ou negativo), além de exigir interpretação visual – e, portanto, experiência por parte do médico.
Outra carência do exame é que ele não indica a atividade da doença ao longo do tempo. Ou seja, ele não pode ser utilizado no monitoramento da EM.
Já o teste de Cadeias Leves Livres Kappa (CLL κ) é quantitativo e automatizado. Na Binding Site, o exame de CLL κ é o Freelite Mx ™.
Freelite Mx ™
Quantitativo, automatizado e altamente sensível. Essas são as principais qualidades do Freelite Mx™, que o diferenciam dos exames mais comuns relacionados à Esclerose Múltipla.
Além disso, os resultados são obtidos de maneira mais simples, por meio do turbidímetro Optilite® – sem a exigência de interpretações visuais e especialistas altamente capacitados para efetuar a análise.
Outra vantagem é que o Freelite Mx™ é um preditor de conversão de síndrome clinicamente isolada (CIS) para EM definitiva. Isto é, o paciente apresenta alta quantidade de Cadeias Leves Livres Kappa no líquor, ainda não tem a doença – mas pode desenvolvê-la no futuro.
O acompanhamento da Esclerose Múltipla deve ser contínuo, para que seja possível identificar a eficácia terapêutica ou sinais precoces de progressão. Nisso, o Freelite Mx™ também é recomendado, ajudando a identificar tanto surtos subclínicos, quanto a contenção do processo inflamatório.
O futuro dos biomarcadores na Esclerose Múltipla
As pesquisas atuais indicam que, nos próximos anos, o painel de biomarcadores para Esclerose Múltipla se torne mais diversificado e integrado.
Eles devem apontar:
- Detecção da doença antes dos primeiros sintomas clínicos.
- Diferenciação dos subtipos de Esclerose Múltipla, permitindo terapias mais personalizadas.
- Avaliação ainda mais precisa da atividade inflamatória e neurodegenerativa.
Biomarcadores são indispensáveis
Os biomarcadores são ferramentas mais do que consolidadas no diagnóstico e monitoramento da Esclerose Múltipla. Por meio deles, foi possível fazer intervenções mais rápidas e eficazes, permitindo que milhares de pacientes mantivessem a qualidade de vida.
Deseja saber mais sobre as soluções da Binding Site para a EM e outras doenças? Entre em contato.
Referências:
- Thompson Lancet Neurol 2017 http://dx.doi.org/10.1016/S1474-4422(17)30470-2
- Presslauer J Neurol 2008;255:1508-14
- Carta Crit Rev Clin Lab Sci 2022:1-14